Manifesto por Vivi vereadora
Somos muitas e muitos e queremos Vivi vereadora de Belém! Para ecoar a nossa luta, apostamos na transformação da política e queremos ocupar a Câmara Municipal com as nossas vozes. Somos mulheres, negras e negros, LGBTI+, moradores da periferia, movimentos culturais, do esporte, da mobilidade ativa, profissionais da saúde, jovens, educadores e estudantes de cursinho popular, enfim, somos a maioria e a Vivi é uma de nós.
Estamos em um momento decisivo para a cidade de Belém. Em poucos dias nós belenenses escolheremos, nas urnas, quem ocupará por quatro anos a Prefeitura e a Câmara de Vereadores da cidade. Após anos de abandono pelo poder público, a desigualdade, a violência contra a mulher, a precarização do trabalho, da educação e saúde, que antes já eram gritantes, agora atingem níveis insustentáveis.
A pandemia escancarou os efeitos da política de morte para o nosso povo. Os governos federal, estadual e municipal colocaram o lucro acima da vida e deixaram Belém no centro da tragédia por muito tempo. Nesse cenário, o povo pobre da periferia, sobretudo as mulheres negras, mais uma vez foram os mais penalizados.
Por isso, Belém precisa ser um polo de resistência contra a política genocida de Bolsonaro, assim como fizemos quando ocupamos as ruas nos atos do #EleNão ou quando a juventude negra foi às ruas lutar contra o racismo e o fascismo, gritando que vidas negras importam.
Uma de nós contra a velha política.
Os que nos governam são quase sempre os mesmos, líderes das oligarquias locais e pertencentes aos velhos partidos tradicionais. Em sua maioria são homens ricos e engravatados, cujas famílias fizeram da política uma via de enriquecimento, aqueles que aprovam projetos de lei que beneficiam a si próprios ou a quem os financia. São esses todos, mesmo que com caras novas, mas com ideias velhas, que governaram e votaram sempre contra o povo de Belém. E que mais uma vez não inspiram nenhuma confiança.
Enquanto isso, e por conta disso, cresce a desconfiança com a política tradicional e a cidade de Belém segue no abandono. A pandemia escancarou os efeitos dessa lógica e vivemos momentos de desespero por falta de comprometimento com a saúde pública e com seus profissionais. Nos negam educação, saúde, segurança e transporte de qualidade e, como reflexo da falta de representantes comprometidos, aumentam a violência, a desigualdade, a retirada de direitos dos trabalhadores, a violência contra as mulheres, o racismo, a LGBTI+fobia, a velhofobia e o capacitismo.
Precisamos que a luta ocupe o lugar dos acordos de gabinete. Por isso, com Edmilson e o PSOL queremos construir uma Belém de novas ideias, que dê passagem para o novo e tenha uma prefeitura que represente o povo. E lutaremos para abarrotar a Câmara de Vereadores com gente com a nossa cara, que veio de onde nós viemos, que luta pelo que nós lutamos – como a maioria das mulheres de Belém. Batalharemos para que as mulheres feministas e ativistas ocupem a Câmara de Belém, pois, de 35 vereadores, somente 3 são mulheres. Precisamos que a periferia de Belém ocupe, com seus representantes, a Câmara que vergonhosamente vota contra os nossos interesses. A eleição municipal de 2020 é o momento de virar a mesa do poder, com gente com a nossa cara, que veio de onde nós viemos, que luta pelo que nós lutamos.
Na Luta é que a gente se encontra.
Felizmente, em contrapartida à lógica hegemônica, nós resistimos. Liderados pelas mulheres, mães, trabalhadoras da saúde, chefes de famílias, nas casas, nos locais de trabalho, nas ruas e praças, nas escolas e universidades, nós resistimos!
Apesar do abandono, da violência, da retirada de direitos e da corrupção, Belém segue sendo uma cidade onde se constrói muita luta e resistência. Por isso, para a eleição municipal de 2020, apoiamos a candidatura da Vivi para vereadora. Vivi é uma jovem trabalhadora da saúde, mulher negra, feminista, moradora da periferia de Belém. Vivi é pedreirense, como ela se orgulha de dizer. Ativista reconhecida, sempre presente nas lutas do povo de Belém, desde muito antes de pensar em ser candidata. Apoiamos esta candidatura pois a Vivi é a expressão daqueles que querem revolucionar a política, torná-la radicalmente democrática e fazer ecoar as nossas lutas e demandas dentro dos espaços de poder, com a força das mulheres, negros e negras, da juventude, dos LGBTI+ e dos trabalhadores, com muita coragem para sacudir as velhas estruturas da Câmara Municipal de Belém.
“Nós apoiamos esta candidatura porque a Vivi é uma de nós e queremos ela por todas nós!”
Assinaturas iniciais
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Sâmia Bomfim
Deputada federal e líder do PSOL na câmara
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Fernanda Melchionna
Deputada federal PSOL
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Luciana Genro
Deputada Estadual PSOL/RS
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Lívia Noronha
Professora de filosofia, empreendedora e Candidata a prefeita em Ananindeua
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Edmilson Rodrigues
Candidato a prefeito em Belém
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Tiane Melo
Manga Poética
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Zienhe Castro
Cineasta, roteirista e diretora geral do festival pan-amazônico de cinema (Amazônia DOC)
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Thaís Badu
Cantora e compositora
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Joyce Cristina Cursino de Abreu
Jornalista e realizadora audiovisual
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Marcos Melo
Jornalista do Poc News (Instagram)
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Antônio Couto de Oliverira Neto
Publicitário, pesquisador, cantor, compositor e ativista LGBTQIA+
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Lucia Isabel
Docente de Pedagogia (UFPA)
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Maria Rocha
Assistente social da Seap
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Cyro Almeida
Servidor público e músico
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Zeca Batista da TF
Geógrafo e liderança popular da Terra Firme
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Ruth Lena Damasceno Ramos (Ruth Diva)
Trabalhadora de segurança (Mormaço)
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João Gomes
Sociólogo e educador da Fase
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Márcia Goretti Guimarães de Moraes
Fisioterapeuta da UEAFTO/CERII/UEPA